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Professor Alfredo Lourenço concluiu doutoramento

O professor da ESEnfC, Alfredo Cruz Lourenço, prestou provas de doutoramento em Novos Contextos de Intervenção Psicológica em Educação, tendo sido aprovado por unanimidade (suma cum laude), ao defender a tese “Desafios no ensino de Enfermagem: stresse académico dos estudantes em ensino clínico”. As provas públicas decorreram no dia 24 de maio de 2013, na Universidade da Extremadura, em Espanha.

Neste estudo, que envolveu 1085 discentes do curso de licenciatura em Enfermagem da ESEnfC, foi possível constatar (através de uma recolha de dados feita em 2009 e posteriormente analisada) que os estudantes expressam valores elevados de stresse e de ansiedade.

Para estes estudantes, os fatores geradores de maior stresse prendem-se com a falta de competências para executar os procedimentos e com os riscos e medos decorrentes das situações de aprendizagem nos ensinos clínicos.

Explica o professor Alfredo Lourenço que os estudantes se referem ao «receio de não terem as competências totais que exigem as situações complexas que enfrentam», competências «técnicas», mas sobretudo «relacionais», como o «medo de comunicar com o doente pela primeira vez», ou com os «familiares» dos pacientes.

Entre as situações que classificam como mais stressantes, os estudantes referem-se, principalmente, às seguintes: “Fazer mal o meu trabalho e prejudicar o doente”, “Picar-me com uma agulha infetada” e “Causar dano físico ao doente”.

Para lidarem com os elevados níveis de stresse e de ansiedade, os estudantes utilizam um vasto conjunto de estratégias de coping (adaptação), das quais se destacam as estratégias do tipo positivo, como “controle” (autocontrole dos impulsos e emoções sem que os outros se apercebam disso) e de “distração” e “suporte social” (procura de ajuda, sobretudo junto do professor, do tutor ou do enfermeiro do serviço; e ainda necessidade de escuta e de reconhecimento), prossegue o investigador da ESEnfC.

Por outro lado, também o sexo dos estudantes (género feminino ou masculino), as notas do ano/semestre, o ano de frequência do curso e a participação em atividades extracurriculares têm influência nos níveis de stresse e de ansiedade.

Por exemplo, os estudantes do sexo feminino revelam maiores níveis de stresse, enquanto os do sexo masculino denotam maiores níveis de ansiedade.

Já os estudantes com as melhores notas são os que têm maiores níveis de stresse, o que se observa de modo mais vincado à medida que avançam nos anos de estudo, diminuindo os níveis de ansiedade.

Também os que participam em atividades extracurriculares são os que apresentam menores níveis de stresse, bem como mais e melhores estratégias de coping.

«Consideramos que a identificação e avaliação das situações indutoras de stresse e ansiedade nos estudantes durante os ensinos clínicos de enfermagem e a compreensão dos mecanismos de coping utilizados pelos estudantes durante os referidos ensinos devem contribuir para a implementação de ações e programas de orientação pedagógica tanto a nível dos docentes quanto dos tutores responsáveis pelos ensinos clínicos e pelas aprendizagens dos estudantes», conclui o professor Alfredo Cruz Lourenço.


(Foto de grupo - com a presença da Presidente da ESEnfC, Maria da Conceição Bento)


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